sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Dia da consciência negra com os estudantes africanos de Fortaleza

Por ir. Sidonie Mabunga Nsaya.


Dia 20 de novembro, no Brasil se comemora o dia da consciência negra, lembrando Zumbi dos Palmares, grande líder negro, lutador e conquistador pelo seu direito. 

Nesta ocasião, o grupo dos estudantes africanos de Fortaleza teve a oportunidade de animar a missa com danças e cantos africanos, na paróquia Nossa Senhora das Dores, no Otávio Bonfim. Nós estudantes africanos sentimos a alegria e o entusiasmo de celebrar esta festa com o povo brasileiro.  Durante a homilia, o pároco, Frei Bento (ofm), sublinhou e destacou palavras pertinentes sobre o respeito, a igualdade e a valorização de cada raça e cada cultura. "Somos todos filhos e filhas do mesmo Pai, Deus criador". 

Cada vez mais, percebe-se que a sociedade brasileira precisa dar  passos concretos e assumir compromissos para superar e aceitar  as diferenças. 

Esse momento, tão lindo e maravilhoso, permitiu, a quem participou, de perceber os inúmeros estudantes africanos que vivem em Fortaleza. Nós estudantes africanos agradecemos a Deus pela acolhida e sobretudo pela vivência fraterna desta comunidade eclesial que nos dá o espaço para expressar nossa fé.  
A todasos feliz festa de Zumbi dos Palmares. 
                                                                               
                                                                             

Encantamento da Vida Religiosa em Fortaleza

por ir. Sidonie Mabunga Nsaya


No 19 de novembro, as (os) religiosas (os) organizaram um dia de confraternização para encerrar o ano de 2011. O tema dessa jornada foi “O Encantamento da vida religiosa”. O dia começou com uma missa linda celebrada pelos três bispos, Dom José Antônio, Dom José Luís e Dom Rosalvo, da arquidiocese de Fortaleza. Na homilia o arcebispo dom José Antônio sublinhou o sentido mais profundo da vida consagrada, apresentando como exemplo a disponibilidade de Maria em dizer seu SIM, para acolher a proposta de Deus. Por meio da resposta de Maria, a humanidade toda recebeu em dom Cristo, aquele que nos redime e salva.  Assim, a vida religiosa encontra o seu sentido mais profundo a partir da vivencia com Cristo e com a sua Palavra Divina, que alimenta a nossa fé e nos anima a testemunhá-lo neste mundo cheio de confusão. 


A  Vida Consagrada continua encantar pessoas disponíveis ao seguimento de Jesus Cristo para participar de sua a missão evangelizadora. Além de desafios, religiosas/os estão criando espaços de vida em Cristo, a partir do estilo de vida e testemunho, por isto a Vida Consagrada é importante na Igreja. Continua a ser força nova e encantamento através do entusiasmo de muitas religiosas/os. 
A celebração eucarística terminou com a festa dos 50 anos de presença das Irmãs Paulinas em Fortaleza e com a uma bela confraternização, danças e agradecimentos das irmãs que completaram cinqüenta e vinte cinco anos da vida religiosa. Foi momento lindo de  partilha, de encontro e de vivência fraterna entre as religiosas/os em Fortaleza.  


Neste dia, conseguimos louvar  e glorificar a Deus pelo do dom da vida e a presença de cada religiosa/o nesta arquidiocese de Fortaleza.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

São Paulo, Brasil: 06/11/2011: Pela retirada imediata das tropas da ONU do Haiti!

por Ir Beth C. Imperial, smc

Neste sábado dia 5 de novembro 2011, mais de 400 (quatrocentas) pessoas entre lideranças nacionais e internacionais, e militantes de várias entidades do movimento social, reuniram-se no salão nobre da Câmara Municipal de São Paulo em um ato continental pela retirada imediata das tropas da ONU do Haiti. A Minustah é formada por contingentes de 42 (quarenta e dois) países, que juntos totalizam mais de 12 mil soldados. O Brasil, além de dirigir as tropas tem o maior efetivo, com mais de 3 mil homens.

Nós Missionários Combonianos e Missionárias Combonianas: Ir Tiberh e Elisabeth C. Imperial, P. Vanderlei e alguns escolasticos, estivemos presentes neste ato em S. Paulo, junto com alguns representantes da Comunidade Paroquial de Sapopemba.

O evento foi organizado pelo Comitê “Defender o Haiti é defender a nós mesmos” e Assembleia Legislativa de São Paulo, com o apoio de diversas entidades, entre elas a Central Única dos Trabalhadores, representada no ato por Julio Turra, da Executiva Nacional da CUT.

Um vídeo documentário com denúncias sobre a situação do povo haitiano foi exibido antes da cerimônia. Em seguida, apresentações de grupos de rap reforçaram o coro da juventude presente: “O Haiti não precisa de soldado, soberania para o povo massacrado” e “Oh oh oh Dilma, escuta aqui, retire as tropas do Haiti”. O ato foi aberto pelo deputado estadual Adriano Diogo (PT-SP), representando a ALESP. Bárbara Corrales, do Comitê, e Claudinho Silva, do setorial de Combate ao Racismo do PT-SP coordenaram a mesa.

Fignolé St Cyr, secretário da Central Autônoma dos Trabalhadores do Haiti (CATH), relatou a verdadeira situação de seu país, há sete anos ocupado pelas tropas militares da Minustah. Fignolé denunciou a brutalidade e as consequências cruéis que recaem sobre o povo haitiano com a ocupação. “São milhares de mortes, pessoas doentes, especialmente, por conta da epidemia de cólera, além de desaparecimentos e ataques permanentes”, disse. A ONU destinou US$ 854 milhões para a ocupação militar no exercício 2010/2011. Desde o início da ocupação, no final de 2010, a epidemia de cólera que assolou o país, trazida pelo contingente de soldados do Nepal, matou mais de 5 mil pessoas e contaminou 310 mil. “Sabemos que o verdadeiro caráter desta ocupação é promover a agenda política das instituições financeiras internacionais, como o FMI e o Banco Mundial. O povo haitiano quer a retirada imediata das tropas e está nas ruas exigindo isso. Por isso, para nós é muito importante contar com o apoio de entidades como as aqui presentes, dispostas a pressionar seus governos, eleitos com o voto popular, para que retirem seus soldados do Haiti e para que a ONU acabe com a Minustah de uma vez por todas”, finalizou Fignolé.


passou da hora de a ONU retirar suas tropas do Haiti”, declarou a fundadora do NAACP - movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos, Colia Clark, que participa da Comissão de Inquérito sobre o Haiti. “O Haiti não precisa da ‘ajuda’ dos EUA e da ONU para se reconstruir, mas de ajuda material, técnica e de infraestrutura, necessária para que a reconstrução seja feita pelos próprios haitianos”, reforçou.

Também participaram do ato representando os movimentos internacionais, Jean-Charles Marquiset, do Partido Operário Independente da França; Nelson Guevara, do Sindicato dos Mineiros da Bolívia; Natalia, representante do Comitê pela retirada as Tropas Argentinas do Haiti; Hugo Dominguez, do Sindicato dos Metalúrgicos do Uruguai. Entre os movimentos sociais e entidades presentes no ato, lideranças e militantes da CUT, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), de entidades sindicais, do movimento negro, do hip hop, da juventude, de partidos e outras organizações populares da sociedade civil. O ato foi finalizado com a leitura de um manifesto assinado pelas entidades presentes.
Os movimentos sociais de vários países se mobilizam sempre mais em defesa do Haiti, pela dignidade e soberania de seu povo e se posicionam contra a presença da Onu no Haiti.