quarta-feira, 8 de agosto de 2012

3° Congresso Missionario Nacional, Brasil

A Igreja reuniu em Palmas-Tocantins do 12 ao 15 de julho 2012, mais de 600 pessoas representantes dos 17 Regionais da CNBB (dos quais 25 bispos, 12 diáconos, 319 leigos/as, 152 presbíteros, 98 religiosas/os, e 31 seminaristas, 103 convidados), organismos e institutos missionários, grupos de animação missionária entre eles Infância, Adolescência e Juventude Missionária, leigos, ministros ordenados e a vida religiosa consagrada para o 3° Congresso Missionario Nacional, que teve como lema: “Como o Pai me enviou, assim eu vos envio” (Jo 20,21) e como Tema: Discipulado missionário: do Brasil para um Mundo secularizado e pluricultural, à luz do Vaticano II.
As atividades do 3º Congresso Missionário Nacional (3º CMN), iniciadas na quinta-feira, 12 de julho 2012, foram encerradas no domingo, 15/07, com uma celebração Eucarística de envio com participação dos fiéis paroquianos, envolvendo as famílias de Palmas que abriram suas portas para acolher os congressistas em mais de 23 paróquias e em algumas casas religiosas. 12 equipes de serviço contaram com a ajuda de 200 voluntários e 282 famílias que acolheram os congressitas em suas casas. A generosidade foi expressa em um dos banners afixados nos pilares da quadra do colégio: “Igreja que acolhe ama, forma e envia em Missão”.
Em sua mensagem de abertura, o arcebispo de Palmas, dom Pedro Brito Guimarães, disse a seguinte frase: “De agora em diante ninguém vai mais chamar Palmas de abandonada, desolada, cidade mais quente e capital evangélica do Brasil, mas de querida, noiva e esposa do Cordeiro redivivo, coração do Brasil missionário, casa da misão do Brasil".
Foram quatro dias de intensa atividade marcada por palestras, depoimentos e testemunhos de representantes dos conselhos missionários, instituições e organismos missionários ligados à CNBB e às Pontifícias Obras Missionárias (POM), ambas responsáveis por projetos de evangelização no país.
Além de painéis temáticos que refletiram o tema central do Congresso, discipulado missionário: do Brasil para um mundo secularizado e pluricultural, à luz do Vaticano II, o evento deu voz às crianças e jovens, aos leigos, à vida religiosa consagrada e aos ministros ordenados que são os protagonistas da evangelização em frentes missionárias no Brasil e além-fronteiras.
Estes grupos se reuniram em mutirão para partilhar a caminhada feita, reafirmar a vocação de enviados e refletir o ser discípulo missionário. A Infância e a Adolescência Missionária puderam relatar suas experiências e pôr em evidência a Jornada Mundial da Juventude e o Ano da Infância Missionária, a serem realizados em 2013.
Muitos testemunhos puderam ser partilhados na tarde da sexta-feira, emocionando os participantes diante da atuação de leigos/as, religiosas e religiosos brasileiros que atuam na missão ad gentes (além-fronteiras), enfrentando desafios na evangelização dos povos, em lugares como a África (Sudão do Sul e Moçambique), Asia (China, Japão, Timor Leste), Oceânia (Papua Nova Guiné), América (Argentina, Haiti e Amazônia).
O 3º Congresso Missionário Nacional (CMN) encerrou suas atividades no dia 15/07 com as conclusões dos trabalhos realizados nos quatro mutirões: infância, Adolescência e Juventude Missionária(IAJM), Leigos e Leigas, ministros ordenados e Vida Religiosa Consagrada.

IAJM
Levar em conta o contexto secularizado no qual as crianças, adolescentes e jovens missionários estão inseridos, um mundo que exige personalidades fortes para um testemunho profético, comunidades fraternas e comprometidas e muita criatividade e ousadia; maior dedicação na formação dos assessores; trabalho em conjunto com as famílias e uso extensivo das redes sociais, foram pontos acentuados pela IAJM. Lembraram ainda que a infância e a juventude missionária não são um movimento nem um grupo paralelo na Igreja local, mas Obra Pontifícia, portanto sua missão fundamental é cooperar para que o futuro que há na Igreja se abra para a missão ad gentes como sua essência. A IAJM a presentou o programa para 2013/2014: ano da infancia missionaria no Brasil com varias iniciativas: mini congressos para crianças; Congresso Americano da IAM para acessores em Aparecida SP; novos materiais: lenços, broches, artes com crianças personagens, cadernos apra crianças, exposições. Concurso do Hino nacional IAM, oraçao da IAM, spots para radio, videos para internet, programa de TV. E também a presença da POM na JMJ Rio2013: semana missionaria (17 ao 20/07/2013); Feira vocacional (23 ao 26/07/2013); expocatolcia Rio (20 ao 26/07/2013); sede missionaria (20 ao 26/07/2013).
Leigos e Leigas
O mutirão do laicato ressaltou a maior inserção dos leigos no campo missionário, a formação teológica disponível e uma maior igualdade entre a ação dos leigos e dos ministros ordenados, mas falta ainda a compreensão da missão do Conselho Indigenista Missionário, maior conhecimento dos documentos da Igreja e a falta de pastorais de fronteira. Os Leigos sintetizaram o seu ser missionário com a frase de Dom Pedro Casaldáliga: “O evangelizador que não for capaz de permanecer meia hora de silêncio diante do Senhor, neste dia não deveria abrir a boca para pregar nada, pois correria o risco de anunciar a si mesmo e não o Senhor do Reino”.
Religiosos e Religiosas
Comungar é tornar-se um perigo, viemos para incomodar, com a fé e união nossos passos um dia vão chegar”. Com este canto os religiosos e religiosas expressaram aos congressistas o seu jeito peculiar de fazer missão. Reafirmaram a sua vocação missionária de ser presença profética e samaritana em meio ao povo. Pessoas humanas e frágeis (medos, dificuldades, desancantos, incoerências, cansaço...) chamados a ser sinal de esperança, onde muitos deram a propria vida (martirio). A vida religiosa esta presente em tantos lugares onde a vida é ameçada: em defesa das mulheres, no meio do ribeirinhos, povos indigenas, periferias de cidades, na pastoral carceraria, na pastoral da criança, etc. Onde somos provocados a estar? em defesa dos direitos humanos, nas periferias urbanas, em defesa do meio ambiente, em meio aos dependentes químicos, nos meios de comunicação, onde se definem as politicas públicas, contra o tráfico de seres humanos, etc.
No Congresso os Religiosos e Religiosas expressaram os horizontes e perspectivas da VC hoje: a vida consagrada deve ser realizar na INTER: intercongregacionalidade, institutcionalidade, interculturalidade, na novas fronteiras, em conjunto com os leigos e leigas, trabalhando em rede e numa formação missionaria permanente a todos os níveis.
As estatísticas da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) indicam que há 291 padres religiosos, 61 religiosos e 1522 religiosas brasileiros em missão ad gentes, o que mostra a grande força missionária deste grupo, mas ao mesmo tempo a grande responsabilidade de aprir-se a missão ad gentes, pois o Brasil conta com aproximadamente 29.000 religiosos e religiosas.
Ministros Ordenados
Os ministros ordenados expuseram suas conclusões e realçaram o ardor missionário, a missão como fonte de espiritualidade, a capacidade de estar com o povo escutando e partilhando a vida, a mística fundada sobre o encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo, a vivência do despojamento e a valorização dos leigos e leigas nos varios setores da Igreja e da sociedade, e das Comunidades Eclesiais de Base, como pontos positivos do seu ser missionário, mas não negaram que na vida missionária o ministério vivido como concentração do poder, a formação insuficiente dos seminaristas na dimensão missionária como eixo que determina a vida do futuro presbítero, a identificação da Paróquia urbana somente a partir co critério geográfico, a impossibilidade de muitas comunidades de participarem da celebração eucarística dominical e o fechamento de vários setores da Igreja para a missão, dificultam o caminho. O mutirão dos ministros ordenados apresentaram também os desejos para o futuro: o fortalecimento e a criação de estruturas de formação missionária nos seminários e o incentivo a iniciativas missionárias, uma maior abertura de Bispos e formadores para a missão.

A novidade sentida neste Congresso é que se deu mais atenção a missão além fronteiras e não somente continental. Dom Leonardo Ulrich Steiner, secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) fez seu apelo para que a Igreja seja mais missionária e sublinhou: "esperamos que esse Congresso realmente ajude a nossa Igreja a ser mais aberta para a missão em todos os âmbitos”.

participaram deste Congresso
Ir Betty Corte Imperial; Janete e Imelda.
missionárias Combonianas

Brasil, (22 julho 2012): o Brasil inteiro celebra a vida




A Pista do Espaço Alternativo em Porto Velho, tornou-se neste domingo 22 de julho, palco da corrida Bote Fé na Vida, promovida pela Igreja Católica para promover a vinda do Papa para o Brasil durante a Jornada Mundial da Juventude, que será realizada no ano que vem no Rio de Janeiro.
Ao todo, a corrida foi realizada em 250 cidades brasileiras. O objetivo, segundo os organizadores, foi 'integrar esporte, saúde e qualidade de vida'.
Jovens de várias paroquias de Porto Velho responderam presente ao convite da corrida pela vida. As 16h os jovens começaram o aquecimento, orientados por um professor de educação física da academia WIN e em seguida deu início a corrida. Durante a corrida os jovens aproveitaram para distribuir panfletos sobre o Bote fé que se realizarà em Porto Velho dias 16 a 18/08 próximo. 
 
Ir Betty Corte Imperial
missionária Comboniana em Porto Velho/RO

quinta-feira, 26 de abril de 2012

GERADORAS DE VIDA, E VIDA EM ABUNDÂNCIA


Por Ir. Nilma do Carmo de Jesus

“Eu vim para que todos tenham vida, e vida em abundância” (Jo 10,10)

Partilhamos com vocês a história de Maria de Lourdes Barcelos Bezerra, apelidada de FORTALEZA.  Uma mulher com experiência familiar riquíssima, filha de agricultores semianalfabetos, mas repletos de valores humanos e cristãos.
Apesar de todos os desafios que a vida interiorana comporta, Fortaleza transformou-os em conquistas. Graduou-se em Educação, em Psicanálise Clínica e fez pós-graduação em Gestão Escolar e em Psicanálise e Inteligência Multifocal.
Fortaleza, convencida de que, para gerar vida, é preciso investir na educação, na luta pela justiça e políticas públicas, não mediu esforços e energias no campo educacional. Atuou como alfabetizadora e orientadora educacional na Rede Pública Estadual, e também fez parte da equipe de coordenação de implantação da Educação Indígena no município de Aracruz – ES, a partir do processo desencadeado pela mobilização, articulação e organização das lideranças Tupinikim e Guarani, Pastoral Indigenista e do Núcleo Interestadual de Saúde Indígena – NISI.  Acreditando que a organização sindical tem um importante papel formador, foi membro da direção do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Espírito Santo – SINDIUPES. Atualmente, trabalha como vereadora na Câmara Municipal de João Neiva- ES.
Fortaleza nos disse: “Como mulher, tenho determinação e não me deixo abater pelos obstáculos do dia-a-dia. Assim como tantas outras mulheres, tenho fibra, coragem, vontades, sonhos, esperanças e capacidade para lutar por uma sociedade mais justa”.
Esta frase de Fortaleza evoca outras experiências, outras mulheres, igualmente protagonistas de vida. Em 2011, o mundo pôde admirar e festejar a luta e determinação de outras três mulheres que marcaram a história: A presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, a militante Leymah Gbowee, também liberiana, e a jornalista e ativista iemenita Tawakkul Karman  foram laureadas com o Prêmio Nobel da Paz de 2011. O prêmio foi concedido a elas por "sua luta não violenta pela segurança e pelos direitos das mulheres na participação do processo da construção da paz".
Maria de Lourdes Barcelos Bezerra, Tawakkul Karman, Ellen Johnson Sirleaf e Leymah Gbowee são exemplos de vida que nos incentivam a superar os desafios cotidianos e fazer a diferença na construção de um mundo mais solidário e justo. Estas mulheres são pastoras que geram vida, e vida em abundância, sensíveis e atentas às necessidades e direitos de todas as pessoas.