sexta-feira, 18 de outubro de 2013

A MISSIONARIEDADE DA IGREJA


A IGREJA EM ESTADO PERMANENTE DE MISSÃO SEM FRONTEIRAS
2ª PARTE


Para um discípulo de Jesus Cristo não há aqueles que estão perto ou distantes, pois Nele somos uma única família. Não podem existir fronteiras nem barreiras que impeçam àquele que fez a experiência do Amor do Deus de Jesus Cristo a testemunhá-lo ao mundo.
A imagem do coração pode ser sugestiva para falar da missionariedade da Igreja. Se um órgão deixasse de receber o sangue bombeado pelo coração, o que aconteceria?  Ou se um órgão não quisesse deixar que o sangue que ali chegou continuasse circulando?
Tanto o órgão que não recebesse o sangue morreria por falta dos nutrientes e oxigênio necessários para suas atividades, como aquele que retivesse o sangue também, pois deixaria de ocorrer o intercâmbio dos elementos, mas eles não iriam morrer sozinhos. O organismo todo ficaria comprometido pela inatividade daqueles órgãos podendo ocorrer a falência múltipla dos órgãos. Assim poderá acontecer com uma Igreja local que recusasse sua vocação à universalidade e se fechasse em si mesma, preocupada com suas próprias necessidades, ou que pensasse em se abrir a outros povos, enviando missionários somente quando as suas pastorais estiverem já bem organizadas. Deste modo ela privará outros irmãos de receber da riqueza imensurável do conhecimento de Jesus Cristo, que ultrapassa todo conhecimento. Além disto, ela própria não receberá os dons que o Espírito Santo já presente em outras culturas quer ofertá-la através deste intercâmbio.
Nós, discípulos missionários de Jesus Cristo por vocação, somos chamados a um amor que não conhece fronteiras,  “enviados pelas estradas do mundo para caminhar com os irmãos, professando e testemunhando a nossa fé em Cristo e fazendo-nos  arautos do seu Evangelho”.



quinta-feira, 17 de outubro de 2013

A MISSIONARIEDADE DA IGREJA

A Igreja em estado permanente de Missão sem fronteiras
1ª Parte

O Papa Francisco ao iniciar sua mensagem por ocasião do dia mundial das missões de 2013, diz-nos que a celebração deste dia “tem lugar próximo da conclusão do Ano da Fé, ocasião importante para revigorarmos a nossa amizade com o Senhor e o nosso caminho como Igreja que anuncia, com coragem, o Evangelho”.  A fé que é “dom precioso para conhecer e amar a Deus é um dom que não se pode conservar exclusivamente para si mesmo, mas deve ser partilhado; se o quisermos conservar apenas para nós mesmos, tornamo-nos cristãos isolados, estéreis e combalidos”. O anúncio do Evangelho é um dever que brota do próprio ser discípulo de Cristo e um compromisso constante que anima toda a vida da Igreja. «O ardor missionário é um sinal claro da maturidade de uma comunidade eclesial»
“Celebrando cinquenta anos depois do início do Concílio Vaticano II, este Ano da Fé serve de estímulo para a Igreja inteira adquirir uma renovada consciência da sua presença no mundo contemporâneo, da sua missão entre os povos e as nações.
O documento Ad gentes, do Concilio Vaticano II, afirma que a Igreja é por sua natureza missionária, pois se origina da Missão do Filho, e do Espírito, segundo o projeto do  Pai e que provém de seu “amor fontal”. (ad gentes,2,). Eis o que deve preencher nosso coração de uma alegria profunda pela nossa vocação de discípulos missionários de Jesus Cristo e nos motivar a vivermos em estado permanente de missão sem fronteira, pois o seu mandato é atual: “Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura”. Imagine se os primeiros discípulos tivessem recusado a obedecer ao Mestre e permanecessem somente em Jerusalém, com a ideia de que lá havia tantos que não  tinham ainda acolhido o Evangelho? 
Devemos dizer como São Paulo: “Ai de mim se não evangelizar”. É necessário partir, ir ao encontro do outro, do diferente, e a todos, sem distinção, anunciar a Boa Nova do Reino para que Jesus seja tudo em todos. 

terça-feira, 8 de outubro de 2013

VIVA COMBONI !!!

PREGÃO




Daniel Comboni, nosso pai e fundador.
Com coragem e ousadia, pra missão nos convidou.
Somos a ele agradecidas por Deus que o inspirou.

As primeiras Combonianas, ele mesmo acompanhou.
Para o coração da África, cuja vida ele entregou.

Suas palavras soam forte, vibram em nosso coração.
A consagrada na missão é sustento e garantia de consolidação.

Sua metodologia, e seu plano de ação,
Contaram com a mulher, e dela não abriu mão.
Implantar a fé na África, sua grande ambição.

Os tempos hoje são novos, mas permanece a intuição.
Olhos fixos em Jesus pra missão e na missão.

Nós irmãs Combonianas, queremos neste pregão,
Demonstrar o nosso amor e também a gratidão.
Pela inclusão que fizestes da mulher na evangelização.
Discípulas missionárias eis a nossa vocação.

Uma vez nos escolhestes, pra missão realizar.
Em retorno nós te demos as honras do altar.
No Brasil Maria José Paixão, Lubna Aziz lá do Sudão.
Mulheres favorecidas pelo poder da intercessão.

É santo nós afirmamos, é profeta é irmão.
Pai de uma grande família, segura em nossas mãos.
Lembrai de nós lá na glória, pra que no hoje da história,
O carisma Comboniano, continue sua trajetória.
São Paulo 05 de outubro de 2013.


domingo, 6 de outubro de 2013

10 ANOS DE CANONIZAÇÃO DE SÃO DANIEL COMBONI

ENCONTRO E CELEBRAÇÃO
Ir. Nilma do Carmo de Jesus

No dia 05 de outubro 2013, celebramos os 10 anos de canonização de São Daniel Comboni na comunidade da sede provincial das Combonianas, em Vitória - ES.





Hoje, dia 05 de outubro 2013, a Igreja celebra os 10 anos de canonização de São Daniel Comboni. 
Demos início ao nosso encontro em presença dos nossos amigos/as, familiares e colaboradores/as com uma mensagem de boas vindas da provincial e apresentação dos painéis feita pela ir. Maria Grazia Campostrini.
Ir. Sandra, missionária comboniana, em pé.
Em seguida ouvimos o bonito testemunho de vida missionária de ir. Sandra Regina Amado.


Pe. Carlo, ir. Sandra e ir. Angela
Alegramo-nos com a presença do Pe. Carlo Fagion, missionário combononiano, representando os seus co-irmãos. 
Logo após, nos encaminhamos à capela para a celebração eucarística, presidida pelo pe. Carlo.

















 Concluimos com uma confraternização muito bonita e alegre!!!



sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Entrevista com Ir. Sandra Regina Amado




                                                ENTREVISTA
                                                        Ir. Nilma do Carmo de Jesus

Querido/a internauta, querida jovem, o Senhor continua chamando, ouçamos atentos os apelos do Senhor, com a certeza que Ele nos chama e nos envia em missão como discípulos/as missionários/as. Agora, vamos entrevistar a ir. Sandra que com ousadia e determinação respondeu ao chamado do Senhor.
 
1) Ir. Sandra diga para o nosso querido/a internauta, de onde você é, e como surgiu a sua vocação?

·         Eu nasci no Paraná, mas nos mudamos para Rondônia – Rolim de Moura quando eu tinha 15 anos.
·         Minha vocação despertou quando comecei a trabalhar na catequese da minha paróquia. Conheci uma comunidade de irmãs de países diferentes que trabalhavam com a formação da liderança da nossa Igreja. Fiquei perturbada com a existencia de tal grupo com um nome esquisito chamadas Combonianas.
·         Aos poucos nasceu minha vocação ao admirar o trabalho dessas irmãs. O martírio do Pe. Ezequiel Ramin, jovem Comboniano na minha diocese, confirmou que eu tinha que fazer algo a respeito desse  chamado.

2) Qual é a Palavra de Deus que mais te tocou na sua caminhada vocacional? Por quê?
·         “Não tenhas medo eu estou contigo . . .” (em várias passagens da Bíblia essa palavra me desafia)
·         Essa passagem sempre toca porque não estou sozinha, Deus está comigo sempre.

3) Onde você atua como missionária comboniana? Conta para nós, onde fica esse país? Como é a vida do povo?
·         Trabalho como missionária no Sudão do Sul desde 2007. Este país fica no nordeste da África, perto do Egito, da Etiópia e vários outros países africanos.
·         O povo Sul-Sudanês sofreu mais de 50 anos amargos de guerra contra o Sudão até conseguir sua independência em 2010. 
·         A guerra dizimou parte da população que agora é apenas 8.2 milhões de habitantes.
·         A situação do Sudão do Sul é crítica por causa da pobreza apesar de ser um país rico em petróleo, água do Nilo, minérios e sua gente.
·         Os problemas mais graves são a corrupção e o subdesenvolvimento. A classe política parece alheia ao sofrimento do país e do povo.

4) São Daniel Comboni dedicou a sua vida em favor do povo do Sudão, e elaborou um Plano da Regeneração da África, como está sendo atualizado esse Plano de Comboni pelas irmãs missionárias combonianas, hoje?
·         Hoje as irmãs missionárias Combonianas estão envolvidas com os trabalhos de educação, saúde, catequese e comunicação.
·         O projeto a ser levado em conjunto com os irmãos Combonianos é a formação da rede das rádios católicas espalhadas por todo o Sudão do Sul. Agora já são indispensáveis para a comunicação do povo.
·         Outro trabalho é a participação no projeto Solidarity (Solidariedade) com o Sudão do Sul. É um trabalho em conjunto de muitas congregações e ordens religiosas de mulheres e homens solidários com a situação do país. Trabalham na formação de professores (as), enfermeiros (as), pastoral e agricultura comunitária.
·         Participo em nome da Combonianas desse trabalho na área da formação professores colaborando com a educação do Sudão do Sul. Atuamos com dedicação na preparação de gente qualificada para o bom desenvolvimento do país.
5) O que mais te tocou da cultura, da vida do povo do sul do Sudão?
·         Na verdade, são vários povos ou seja 69 etnias diferentes no Sudão do Sul.
·         Os grupos maiores são Dinka, Nuer, Azande, Bari, Topoza etc. Cada etnia tem sua própria  característica. Ultimamente, entro em contato com muitos destes povos. Apesar da diferença entre eles, o que me toca é a resiliência, a fortitude destes povos. Já imaginou 50 anos de guerra e ainda são capazes de sorrir e continuar a luta da vida prontos para qualquer desafio?  A maioria dessa força vem de mulheres corajosas, capazes de caminhar muitos quilometros para encontrar água para a família ou trabalhar na terra com as próprias mãos. Gente sofrida mas  cheia de esperança.

6) No próximo dia 15, você retorna para a terra prometido do Sudão do Sul, qual é a mensagem que você quer deixar para o jovem e a jovem que está nos acessando?
·         Minha mensagem é “vale a pena” ser missionário (a)!
·         Não tenham medo de participar da missão da Igreja pelo mundo afora. Vale a pena dar a vida para construir um mundo de paz. Vale a pena participar do sonho de São Daniel Comboni de levar uma mensagem de solidariedade e paz a todos, principalmente na África.