segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Celebrando Comboni




Ir. Geny Maria da Silva

Celebramos neste mês de outubro, mês missionário, a festa de São Daniel Comboni, um dos maiores missionários da Igreja, o Apóstolo da África, como  o proclamou o papa são João Paulo II, por ocasião da canonização em 05 de outubro de 2003.
A vida e a atividade missionária de São Daniel Comboni pertencem ao século XIX, um período muito conturbado para a África particularmente devido a tragédia do tráfico humano. Milhões de jovens africanos foram arrancados de seus lares e deportados para a Europa e para as Américas,  
Cada momento histórico, em situações de sofrimentos e opressões, Deus envia homens e mulheres em missão; para serem manifestação de seu Amor. A missão que é de Deus; nasce do movimento do coração, da sua grande misericórdia.  “Eu vi, eu vi a aflição de meu povo que está no Egito, e ouvi os seus clamores por causa de seus opressores. Sim, eu conheço seus sofrimentos.
E desci para livrá-lo da mão dos egípcios...(Ex3, 7-8)
“A encarnação do Filho de Deus é a maior prova de amor misericordioso da Trindade que vem nos libertar. Não somente se debruça sobre nossa miséria, mas se faz um de nós, compartilhando em tudo, de nossa condição humana, menos o pecado”. 
Desta experiência de misericórdia da Trindade nasce  a vocação e Missão de Comboni, o missionário da África.  
São Daniel Comboni entrou em contato com toda a miséria do povo africano, no Sudão...Ele viu, ouviu, conheceu...depois desta experiência não pode ficar acomodado... sua misericórdia o levou a se solidarizar com aqueles povos. 
Seu amor pela África era profundo, um amor visceral que o motivou a doar toda sua vida pelos africanos. Lemos em seus escritos: “A deplorável miséria dos pobres negros pesa imensamente em meu coração e não há sacrifício que eu não me sinta disponível aceitar pelo seu bem”.
“A misericórdia é, antes de mais nada, a proximidade de Deus ao seu povo, através de seu enviado”. (Papa Francisco)
Como Bom samaritano, ele se fez próximo, da África semi-morta, vê suas misérias, seus sofrimentos. vai, desce, se aproxima, para curar, anunciar a Boa nova...com a certeza de que somente a presença salvífica de Cristo pode libertar os africanos.
Comboni, a partir do primeiro contato com a África viveu somente para ela. Foi incansável no combate da escravidão, animando a Igreja na Europa para envolvê-la na sua paixão por ela e no seu plano de libertação dos africanos.
 Tendo sido canonizado ele se torna modelo para toda a Igreja, de discípulo missionário, com este coração misericordioso, apaixonado pelos mais pobres e abandonados.