Neste
sábado
dia 5 de novembro 2011, mais de 400 (quatrocentas) pessoas entre
lideranças nacionais e internacionais, e militantes de várias
entidades do movimento social, reuniram-se no salão nobre da Câmara
Municipal de São Paulo em um ato continental pela retirada imediata
das tropas da ONU do Haiti. A Minustah é formada por contingentes de
42 (quarenta e dois) países, que juntos totalizam mais de 12 mil
soldados. O Brasil, além de dirigir as tropas tem o maior efetivo,
com mais de 3 mil homens.
O evento
foi organizado pelo Comitê “Defender o Haiti é defender a nós
mesmos” e Assembleia Legislativa de São Paulo, com o apoio de
diversas entidades, entre elas a Central Única dos Trabalhadores,
representada no ato por Julio Turra, da Executiva Nacional da CUT.
Um
vídeo documentário com denúncias sobre a situação do povo
haitiano foi exibido antes da cerimônia. Em seguida, apresentações
de grupos de rap reforçaram o coro da juventude presente: “O
Haiti não precisa de soldado, soberania para o povo massacrado”
e “Oh
oh oh Dilma, escuta aqui, retire as tropas do Haiti”.
O ato foi aberto pelo deputado estadual Adriano Diogo (PT-SP),
representando a ALESP. Bárbara Corrales, do Comitê, e Claudinho
Silva, do setorial de Combate ao Racismo do PT-SP coordenaram a mesa.
“Já passou da hora de a ONU retirar suas tropas do Haiti”, declarou a fundadora do NAACP - movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos, Colia Clark, que participa da Comissão de Inquérito sobre o Haiti. “O Haiti não precisa da ‘ajuda’ dos EUA e da ONU para se reconstruir, mas de ajuda material, técnica e de infraestrutura, necessária para que a reconstrução seja feita pelos próprios haitianos”, reforçou.
Também
participaram do ato representando os movimentos internacionais,
Jean-Charles Marquiset, do Partido Operário Independente da França;
Nelson Guevara, do Sindicato dos Mineiros da Bolívia; Natalia,
representante do Comitê pela retirada as Tropas Argentinas do Haiti;
Hugo Dominguez, do Sindicato dos Metalúrgicos do Uruguai.
Entre os movimentos sociais e entidades presentes no ato, lideranças
e militantes da CUT, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
(MST), de entidades sindicais, do movimento negro, do hip hop, da
juventude, de partidos e outras organizações populares da sociedade
civil. O ato foi finalizado com a leitura de um manifesto assinado
pelas entidades presentes.
Os
movimentos
sociais de vários países se mobilizam sempre mais em defesa do
Haiti, pela dignidade e soberania de seu povo e se posicionam contra
a presença da Onu no Haiti.
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