O Papa
Francisco abriu no dia 27 de setembro a campanha "compartilhar a
viagem". Uma campanha voltada a migrantes e refugiados para que “compartilhemos sem medo o caminho dos migrantes e dos refugiados”.
A ação reforça a campanha da Cáritas Internacional aberta também
pelo pontífice durante a Audiência Geral.
Ao final da
catequese, o Pontífice recordou que é o próprio Cristo que pede para acolher os
irmãos e irmãs migrantes e refugiados com os braços bem abertos: “Justamente
assim – gesticulou o papa – com os braços bem abertos, prontos a um abraço sincero,
afetuoso e envolvente, um pouco como esta colunata da Praça São Pedro, que
representa a Igreja mãe que abraça todos na compartilha da viagem comum”.
Com duração
prevista para dois anos (2017-2019), a campanha deve envolver toda a Rede
Cáritas na resposta ao apelo do Papa Francisco para abraçar a “cultura do
encontro” e fazendo uma proposta positiva diante da realidade atual na vida de
imigrantes e refugiados.
No Brasil,
foi escolhido como embaixador da campanha o Cristo Redentor. O ícone no alto do
morro do Corcovado, na capital fluminense expressa a mensagem e a convocação
para a acolhida de imigrantes e refugiados, uma vez que é um ícone religioso e
cultural reconhecido no Brasil e no mundo inteiro.
A realidade
da migração, que recebe atenção especial do papa Francisco, afeta cerca de 230
milhões de pessoas que atualmente vivem fora dos seus países de origem, no caso
dos migrantes internacionais. São fatores políticos, econômicos e até desastres
ambientais relacionados a estes deslocamentos. Somente no primeiro semestre de
2016, 3,2 milhões de pessoas foram forçadas a sair de seus locais de residência
devido a conflitos ou a perseguições. Destas, 1,5 milhão são refugiadas ou
solicitantes de refúgio. Os dados são do Alto Comissariado das Nações Unidas
para os Refugiados (Acnur). No Brasil recebeu milhares de pessoas de 82
nacionalidades nos últimos anos, parte delas já tive sua condição de refugiadas
reconhecida.
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