Esta planta
da folhagem prateada cativou-me. Fiquei encantada escutando como, através dela,
o monge Daju conseguiu recuperar a Mata
Atlântica naquela área, onde o pasto já tinha tomado conta de tudo.
A Embaúba
tornou-se para mim verdadeiro objeto de contemplação durante a caminhada. Gostava identificá-la no meio das outras
plantas, imaginando o seu trabalho firme e silencioso, através do qual a
floresta ganhou aos poucos, espaço sobre o pasto.
Percebia
nela uma vocação especial, de instrumento de Vida em um contexto difícil e
hostil. Senti especialmente como a sua presença, ao longo do caminho, lançava
uma luz sobre a vocação missionária.
De fato, não
é o que se pode dizer de uma planta majestosa, não chama atenção pela sua
beleza, mas consegue mobilizar muitas forças, aves, insetos, para que o milagre
da vida aconteça. Atua, sobretudo, em parceria com outras plantas da mesma
espécie, espalhadas como o fermento na massa, longe da busca dos primeiros
lugares, disposta a diminuir a fim de que outros cresçam.
No coração
de muitos homens e mulheres, Deus colocou o desejo de ser embaúba para o reino
dos céus. Daniel Comboni foi embaúba para a missão da África Central,
contagiando com este sonho muitos e muitas outras, até os dias de hoje.
A ele e a
todos os homens e mulheres cuja vida se espelhou e se espelha maravilhosamente
na figura desta planta pioneira, pedimos a benção e intercessão a fim de ser
dóceis instrumentos de Deus a serviço da humanidade mais ferida e humilhada.
Ir. Chiara Dusi
Missionária Comboniana
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