No dia 4 de
março de 2017, às 19.30, na paróquia Sagrada Família de Cacoal, Rondônia,
celebramos o encerramento do inquérito diocesano para o reconhecimento do
martírio do padre Ezequiel Ramin, missionário comboniano, assassinado na
fazenda Catuva no dia 24 de julho de 1985.
Com maciça
presença do povo de Cacoal, e uma significativa representação da Rondolândia,
além de outros municípios da diocese de Ji Paraná e de Porto Velho, foi
solenemente concluída a etapa brasileira do processo que entende demonstrar
como o jovem padre foi morto “in odium fidei”, por ódio à fé, assumindo até as
últimas consequências o seguimento de Cristo.
Junto com o pão
e o vinho, levamos ao altar,no momento do ofertório, as doze caixas que contêm
os documentos do Processo que, como destacou o postulador geral dos missionários
Combonianos, padre Arnaldo Baritussio, não são “simples papeis, mas a vida
verdadeira de um pastor com a sua comunidade, história de grandes sofrimentos e
também de grandes ideais: uma terra para todos e uma comunidade solidária.”



Continuamos a
acompanhar com a oração o trabalho da postulação, que agora apresenta e submete
aos historiadores e teólogos do Vaticano, e sucessivamente ao parecer dos
bispos, cardeais e do papa Francisco toda a documentação, a fim de poder
declarar mártir, portanto bem-aventurado, Padre Ezequiel Ramin.
“Amigo de Deus e nosso
Companheiro de viagem do Eterno e dos pobres
Inquieto e alegre irmão,
Ezequiel!
Sinal de contradição
Faísca de compaixão e de indignação ética.
Profeta do Altíssimo
Ouvido e voz dos pequenos
A tua memória é dom e compromisso!
Olhamos para ti
E nos convidas sempre a ir além
Além de ti, além das cercas de morte
Em busca do Reino da Vida.
Obrigada, Ezequiel!
Não te canses
De trilhar conosco os caminhos da missão.”
Ir Chiara Dusi
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