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Ir. Giusy Lupo
Participando de duas festas juninas e vendo como o povo brasileiro sabe celebrar, divertir e partilhar o sentido de festa lembrei dessa reflexão de José Antonio Pagola sobre o redescobrir o significado da festa. Para que este tempo de festas seja um tempo não só de férias, mas também um tempo para celebrar a vida e as relações familiares, entres amigos, colegas, vizinhos e redescobrir o sentido de irmandade universal e com a criação. Boas festas!
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Há muitos que pensam que o ser humano moderno está perdendo a capacidade de “celebrar festas”. Alguns chegam a falar de uma “civilização sem festas”.
Quando “a atividade nua e crua”, o trabalho e a eficiência marcam o sistema de uma sociedade e de toda a nossa vida, a festa fica vazia de seu conteúdo mais profundo.
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Então, a festa dá lugar ao espetáculo, ao turismo, à fuga das viagens ou à embriaguez dos “salões de festa.”
Mas a festa é muito mais do que uma “interrupção do trabalho” ou distensão física. O ser humano é muito mais que um “animal de trabalho” ou uma máquina que precisa de recuperação.
Precisamos mais do que umas férias que nos distraiam e nos façam esquecer as preocupações que, normalmente, possuem nossos dias de trabalho. Algo que não pode alcançar a “indústria do lazer” por mais fórmulas que invente para preencher ou, como diz expressivamente, para “matar o tempo”.
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Viver com o coração aberto a esse Pai que dá significado e valor definitivos ao nosso viver diário. Sentir-nos irmãos e irmãs dos seres humanos e da criação inteira. Deixar falar o nosso Deus e degustar a sua presença carinhosa em nossas vidas.
Desse modo, a festa adquire um significado real, é tingida com uma alegria que não tem nada a ver com o gozo do trabalho eficaz e bem feito, nos regenera e redime-nos do tédio e do desgaste diário.
Quem não descobriu isso, continuará, infelizmente, confundindo as férias com a festa, simplesmente porque é incapaz de “viver em festa.”
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