domingo, 6 de novembro de 2016

MISSIONÁRIAS E MISSIONÁRIOS COMBONIANOS EM SAÍDA


Ir. Almerita Ramos e Ir. Caterina Ingelido


Nos dias 14 a 23 de outubro realizamos,  à  convite do pe.  Zulian, uma semana  de animação missionária na Diocese de Colatina, paróquia N Senhora da Penha,  Honório Fraga  - ES .
Foram dias marcados pela alegria, entusiasmo e muita participação  de todas as comunidades. Foi também uma semana de visitas e de proximidade, com uma  atenção particular  aos doentes e idosos de toda a paróquia.
Podemos afirmar  com alegria e esperança que esta semana, nos permitiu viver e concretizar a mística do encontro, dando e recebendo.
Foi linda também a experiência como família comboniana, de fato participamos em cinco: duas irmãs: Almerita e Caterina, um irmão: João Paulo e dois padres: Sávio e Pablo.
No fim do dia, partilhávamos o que tínhamos vivido e sempre constatávamos que Deus nos tinha falado próprio por meio de tudo e de todos. Obrigado Senhor porque sair de si sempre traz alegria, alimenta a nossa fé e amplia os nossos conhecimentos.
Valeu a pena!!!!.


segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Celebrando Comboni




Ir. Geny Maria da Silva

Celebramos neste mês de outubro, mês missionário, a festa de São Daniel Comboni, um dos maiores missionários da Igreja, o Apóstolo da África, como  o proclamou o papa são João Paulo II, por ocasião da canonização em 05 de outubro de 2003.
A vida e a atividade missionária de São Daniel Comboni pertencem ao século XIX, um período muito conturbado para a África particularmente devido a tragédia do tráfico humano. Milhões de jovens africanos foram arrancados de seus lares e deportados para a Europa e para as Américas,  
Cada momento histórico, em situações de sofrimentos e opressões, Deus envia homens e mulheres em missão; para serem manifestação de seu Amor. A missão que é de Deus; nasce do movimento do coração, da sua grande misericórdia.  “Eu vi, eu vi a aflição de meu povo que está no Egito, e ouvi os seus clamores por causa de seus opressores. Sim, eu conheço seus sofrimentos.
E desci para livrá-lo da mão dos egípcios...(Ex3, 7-8)
“A encarnação do Filho de Deus é a maior prova de amor misericordioso da Trindade que vem nos libertar. Não somente se debruça sobre nossa miséria, mas se faz um de nós, compartilhando em tudo, de nossa condição humana, menos o pecado”. 
Desta experiência de misericórdia da Trindade nasce  a vocação e Missão de Comboni, o missionário da África.  
São Daniel Comboni entrou em contato com toda a miséria do povo africano, no Sudão...Ele viu, ouviu, conheceu...depois desta experiência não pode ficar acomodado... sua misericórdia o levou a se solidarizar com aqueles povos. 
Seu amor pela África era profundo, um amor visceral que o motivou a doar toda sua vida pelos africanos. Lemos em seus escritos: “A deplorável miséria dos pobres negros pesa imensamente em meu coração e não há sacrifício que eu não me sinta disponível aceitar pelo seu bem”.
“A misericórdia é, antes de mais nada, a proximidade de Deus ao seu povo, através de seu enviado”. (Papa Francisco)
Como Bom samaritano, ele se fez próximo, da África semi-morta, vê suas misérias, seus sofrimentos. vai, desce, se aproxima, para curar, anunciar a Boa nova...com a certeza de que somente a presença salvífica de Cristo pode libertar os africanos.
Comboni, a partir do primeiro contato com a África viveu somente para ela. Foi incansável no combate da escravidão, animando a Igreja na Europa para envolvê-la na sua paixão por ela e no seu plano de libertação dos africanos.
 Tendo sido canonizado ele se torna modelo para toda a Igreja, de discípulo missionário, com este coração misericordioso, apaixonado pelos mais pobres e abandonados.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

PRIMEIRA SEMANA DO XX CAPÍTULO GERAL DAS IRMÃS MISSIONÁRIAS COMBONIANAS

No início desta primeira semana de trabalhos capitulares, iniciamos com o primeiro passo a ser realizado com o desejo de viver este evento à luz do tema capitular: “Ousar a mística do encontro para a missão comboniana hoje”.
Começamos os trabalhos capitulares com uma reflexão como viver estes dias a serviço de toda a congregação, além da nossa circunscrição de origem, além do nosso serviço específico, colocando-nos à escuta do caminho que vivemos no interior da Igreja, do mundo e da criação.
Fazemos parte de um corpo congregacional que interage continuamente com tantos povos, com o mundo, no interior do movimento de uma Igreja que nos convida à sair, à ousar, à mover-nos.
Ser parte de um corpo congregacional nos levou a desejar uma escuta generativa das diversas relações dos GIP’s, da Direção Geral, do Economato Geral e da Comissão pré capitular. Nestes dias intensos de escuta, procuramos ler com o pensamento, com o coração e com a vontade o caminho percorrido nestes anos. Uma escuta, onde estamos presentes conosco mesmas, deixando-nos interrogar pela nossa história congregacional destes seis anos, deixando-nos tocar no profundo dos acontecimentos que nos acompanharam.
A apresentação da comissão pré capitular nos iluminou sobre o que nos une e que foi expresso de modo forte nas nossas experiencias de encontro. Experiencias que falam, antes de tudo, de nós, do nosso desejo de sair, de encontrar o  outro/outra na sua diversidade.
As experiencias de encontro são um tesouro que nos pertence e que sublinha a importancia de evangelizar como comunidade, que confirma o chamado a ser pontes entre os p
ovos, que sublinha a acolhida e o sofrimento fecundo manifestado na vida dos pobres, que nos convida a ser, superando a lógica do querer fazer ou do querer dar.
A relação da Direção Geral ampliou a nossa visão, apresentando-nos o caminho do sessênio vivido, prestando atenção em colocar em ato aqueles processos que nos permitiram de aprofundar a nossa ministerialidade, à luz da nossa história carismática e o nosso viver juntas.
Na relação da Direção Geral, fomos convidadas à alargar o olhar porque o horizonte se move, se alarga e que vem expresso com a imagem do Cristo na Cruz com os braços abertos, que atira a si toda a humanidade.
Este olhar verso o horizonte se torna encontro que se faz paradigma para a vida consagrada missionária (cfr. EG n. 87) e se alarga aos desafios que nos tocam profundamente: o chamado à uma vida sempre mais contemplativa que interpela a coragem e a capacidade de nos encontrar com Deus e conosco mesmas para tecer relações maduras, também na comunidade, reinventando o nosso modo de estar juntas para a missão, através de uma ministerialidade sempre mais partilhada, para que possamos sustentar umas as outras, possamos sustentar a missão e nos abrir aos desafios de uma sustentabilidade economica para a vida e o crescimento do nosso futuro através de atitudes e ações sempre mais transparentes e partilhadas.
Comissão Comunicação

terça-feira, 23 de agosto de 2016

A minha vocação

Eluziane Araújo
Postulante Comboniana
Uma palavra do evangelho que é forte em minha vida é a citação de Mt 5,16 Assim, brilhe vossa luz diante dos homens para que vejam vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus. Se revela aqui nesta passagem um jeito de ser, uma forma de doar a vida, fazer o bem, ter gratidão e amar os irmãos e irmãs. No tempo em que estava na universidade participei de uma palestra sobre tráfico de pessoas na Rede um grito pela vida e conheci Ir. Gabriella Bottani, Missionária Comboniana. Me interessei em fazer parte desta rede e fui abrindo meu coração para esta realidade em favor do bem e defesa da vida principalmente daqueles e daquelas que sofrem violências e exploração.
Ao passar um ano senti que devia viver algo mais, me doar de um jeito diferente e fiz um ano de orientação vocacional com Ir. Elisabete Imperial. Em cada encontro, cada realidade que vi me encantou os olhos. Um chamado de Deus que se revelou nos acontecimentos, nos momentos simples de visita, em uma conversa com as pessoas, nas novas realidades que conheci nas comunidades ribeirinhas, nas visitas missionárias, nos encontros da rede, no cotidiano da vida. Foi este ano em 2016 que se iniciou os primeiros passos para responder este chamado, sai de Porto Velho – RO para entrar na casa de formação do postulantado das Irmãs Missionárias Combonianas em Belo Horizonte – MG, no dia 28 de abril depois do domingo de Páscoa passei para este tempo de graça e alegria. Junto com a comunidade partilhamos a vida, as descobertas e desafios do cotidiano. O que me chamou atenção no carisma das irmãs (IMC) foi o cuidado com a vida e a liberdade das pessoas, a forma de ser acolhedoras, de dialogar e ir ao encontro de quem mais precisa. Me sinto feliz por desejar e dar início a esse caminho, por almejar a vida consagrada e digo que é muito bom abrir o coração a vontade de Deus e dizer sim a vocação de ser uma Missionária Comboniana.



Por onde formos Senhor, que brilhe a Tua Luz...

Ir. Geny Maria da Silva

Neste mês de agosto somos convidadas a refletir e rezar em especial pelas vocações. E bem no início do mês celebramos a Transfiguração do Senhor. E é a partir da contemplação do Transfigurado que podemos compreender e assumir nossa vocação como discípulos-missionários. 
Jesus chama a si e leva a um monte seus discípulos e lá ele é transfigurado Seu rosto fica mais brilhante que o sol e toda a gloria de Deus nos é revelada.  Na sua transfiguração vislumbramos   o mais belo dos filhos dos homens, a plenitude da criação, o humano mais pleno de graça e encanto se desvela aos nossos olhos, E contemplamos a sua filiação divina, Ele é o Verbo de Deus feito carne.  No rosto de Jesus Deus se revela o sumo bem, a beleza eterna, a bondade infinita. É a sua misericórdia que vem abraçar cada criatura, comunicando Seu projeto de Amor que restaura a Aliança que Ele quis fazer com toda humanidade.
No Filho Amado Deus faz um apelo, um convite, para que o escutemos. Escutar sua voz nos pede uma resposta – compromisso a segui-lo nos caminhos do mundo. É sempre o mesmo Senhor transfigurado que os discípulos seguem pela Galileia, pela Judeia, até chegar a Jerusalém onde foi crucificado.  Ele que passou fazendo o bem, levantando os caídos, perdoando, tocando e falando a cada coração humano, proclamando a boa notícia do Reino de Deus, se entrega totalmente até as últimas consequências, assumindo o martírio. Na Cruz podemos experimentar onde chega o Amor de Deus, Ele nos deu tudo.   Ali  Jesus se faz um desfigurado  solidário até o fim com tantos desfigurados, dando sua vida em resgate pela multidão de irmãos.  Nele somos filhos e filhas muito amados de Deus.
Por isto nossa reposta não pode ser tímida, precisamos enfrentar todos os desafios, vencer os obstáculos para seguir o Mestre Jesus que quer contar conosco para proclamar e testemunhar o Reino de Deus, pelo qual deu a vida.
Concluo com as palavras tão  profundas e incisivas do papa Francisco dirigida aos jovens,  na vigília da jornada mundial da juventude, na Cracóvia: “ Para seguir a Jesus, é preciso ter uma boa dose de coragem, é preciso decidir-se a trocar o sofá por um par de sapatos que te ajudem a caminhar por estradas nunca sonhadas e nem mesmo pensadas, por estradas que podem abrir novos horizontes, capazes de contagiar-te a alegria, aquela alegria que nasce do amor de Deus, a alegria que deixa no teu coração cada gesto, cada atitude de misericórdia. Caminhar pelas estradas seguindo a “loucura” do nosso Deus, que nos ensina a encontrá-Lo no faminto, no sedento, no maltrapilho, no doente, no amigo em maus lençóis, no encarcerado, no refugiado e migrante, no vizinho que vive só.
Hoje, Jesus, que é o caminho, chama-te a deixar a tua marca na história. Ele, que é a vida, convida-te a deixar uma marca que encha de vida a tua história e a de muitos outros. Ele, que é a verdade, convida-te a deixar as estradas da separação, da divisão, do sem-sentido. Aceitais? Que respondem as vossas mãos e os vossos pés ao Senhor, que é caminho, verdade e vida?”
Vamos nos deixar questionar e dar uma resposta. Ele conta conosco sempre. 



domingo, 31 de julho de 2016

Tempo de facebook, sede de heartbook

Ir. Chiara Dusi

Facebook, o livro dos rostos, chegou em pouco tempo a fazer parte do cotidiano de jovens e menos jovens. Com menor ou maior intensidade, todo mundo posta fotos, estados de ânimo, vez ou outra alguma noticia ou artigo que achou interessante...e aí vamos revelando alguma coisa de nós e do nosso mundo, e controlando, através das curtidas, o índice de popularidade social...em fim, no face vamos produzindo a nossa imagem, e monitorando ao mesmo tempo a imagem dos outros.
Mas é mesmo neste hoje que sentimos tanta sede de abrir um outro tipo de livro, como sugeriu, com um jogo de palavras interessante, a ir Annette Havenne, assessora da CRB (conferencia dos religiosos do Brasil): este é o heartbook,  o livro dos corações. Colocar-nos na escuta do nosso próprio coração, os nossos sonhos e desejos mais profundos, para saber escutar também os corações de tantos e tantas, sobretudo da humanidade mais  ferida e humilhada, excluída e oprimida.
É para essa humanidade que Jesus se entregou de corpo e de alma.  É para o bem dessa humanidade que Ele continua a fazer o seu chamado, para partilhar conosco sua missão: “Vem e segue-me. [...] te farei pescador de homens”  A vida religiosa nasce da escuta dos gritos dos oprimidos, e continua tendo sabor e encanto quando ela se lembra de onde nasceu e é fiel à missão de Jesus, que ama de maneira especial os pobres e quem se encontra à beira do caminho.
Não tenhamos medo de perder tempo, escutando o que habita no mais profundo de nós e de cada pessoa. Aí é que o próprio Deus se revela, no fundo do nosso coração e dos nossos irmãos e irmãs, e nos convida a ficar com Ele.
De fato, ainda não passou de moda aquela feliz expressão da constituição Gaudium et Spes, do Concílio Vaticano II: ”As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração.”


quinta-feira, 28 de julho de 2016

SEGUINDO AS PEGADAS DE JOSI... MISSÃO DO INSTITUTO DANIEL COMBONI NA FAZENDA DA JUTA-SP.

Ir. Graça Campostrini e Crécia Ferreira
Ser Josi, hoje...
O Instituto Daniel Comboni, vem de uma longa caminhada sempre ao lado das Irmãs Missionárias Combonianas, essa jornada iniciou-se no ano de 1985, o país ainda vivia  sob o regime da  ditadura, mas as ações das irmãs junto ao povo era pela  busca da  libertação dos jugos políticos e pela busca da justiça social. Foram muitos os aprendizados...Eis que no ano de 2014, as Irmãs cumprindo o lema de Daniel Comboni de Salvar a Africa  com a Africa e o Brasil com o Brasil, elas partiram deixando-nos esse legado e essa inspiração agora atualizada em nosso território e chão de missão Salvar  a Juta  com a Juta. Na perspectiva de manter-nos  conectados  com esse ideal, iniciamos o ano de 2016 fazendo um dia de formação junto á Caritas Arquidiocesana de São Paulo para identificar  nossa missão. Tomamos como inspiração a determinação e vocação da jovem Josi, a primeira menina humilde a ouvir a voz e seguir o chamado de Comboni para se engajar na causa e na luta pela libertação e pela justiça social entre os povos africanos. Sua disponibilidade por dedicar e disponibilizar seu  talento de saber apenas fazer um “mingau”, nos trouxe grande motivação e  inspiração. Diante desse forte desejo em  conhecer melhor essa menina destemida, solicitamos a presença de uma Irmã Comboniana para que pudéssemos especificamente aprofundarmos  nossos conhecimentos  sobre sua trajetória de vida e testemunho de fé e de coragem. Eis que chegou o esperado dia, trinta de junho! A Irmã  Vera por  motivo de saúde em família, não pode comparecer. Mas  Josi nos ajudou! 
A Irmã Maria Grazia Compostrini se dispôs a estar conosco e partilhar seus conhecimentos. Josi continua nos ajudando, na véspera do encontro a Irmã Mariarosa Venturelli da Itália enviou-nos fartos materiais, com a história de Josi completa! Relatos sofridos, mas maravilhosos de quem se deixa guiar pela graça de Deus.  Logo pela manhã, todos nós chegamos à nova Sede do Instituto Daniel Comboni, pela primeira vez vamos nos reunir nesse espaço pensado e construído com carinho e muita solidariedade, para abrigar todos os nossos planos e projetos que a missão nos traz como desafios... Vivendo desde o início  o espírito da comunhão e da partilha, tivemos uma  linda roda multicores em que tomamos nosso café da manhã feito em mutirão...Cada Unidade do Instituto contribuiu com um item de alimento, inclusive com um cuscuz  gigante feito pela equipe do Centro de Juventude Dom Luciano Mendes de Almeida ... pode ser a versão atual do “mingau” de Josi.
Em seguida iniciamos silenciando o nosso coração e continuamos com a reflexão sobre o “Dom Supremo, o Amor” motivação para introduzir a história de Josi. 
Após a apresentação da nossa protagonista em dois momentos: 1 - “A Serva de Deus Maria Josefa Scandola”: Um dia de memoria comboniana.  2- “A Serva de Deus Maria Josefa Scandola”: Mulher santa e capaz, misitca e profética. propusemos uma partilha em grupos.
Os nossos educadores ressaltaram aspectos importantes relacionando a pratica deles, na fazenda da Juta com a experiência da Josi. Ficamos felizes porque muitos passaram a se intitular Josi. Frisaram a capacidade de perdão, de acolhida de  todos, particularmente os pequenos, proporcionando o conforto e a cura do padre para continuar a missão de Comboni. Seu testemunho de caridade, fé e humildade permitindo-nos saber que Deus capacita os escolhidos. 
Concluindo a exposição vimos juntos as imagens da cerimonia na qual foi apresentado  “O Decreto De Venerabilidade” em Verona na Casa Madre das Irmãs Combonianas em 25 de maio de 2015.
A este ponto a Crecia, coordenadora geral do Instituto Daniel Comboni, ponderou o quanto foi precioso este momento de reflexão para atualizar a nossa missão em conexão com os ideais de Comboni através da Josi chegam até a nós pela luta por cidadania e justiça social. Lembrando ainda que as Irmãs Combonianas que estiveram aqui no Instituto seguiram as mesmas pegadas de Josi e nos deixaram bonitos testemunhos.
Foram mencionadas e apresentadas as fotografias de cada uma delas especialmente aquelas que coordenaram o Instituto, Irmãs Rita, Cândida, Tiberh e Caterina, todas lembradas com estima, admiração e muita emoção.
Concluímos com a oração, pedindo que ir. Josi  “Descanse em Deus” com frases bíblicas de amor, carinho  e conforto.
Encerramos com um delicioso almoço de confraternização ao ar livre no pátio interno di Instituto Daneil Comboni.








A SEGUNDA OPORTUNIDADE

Ir. Giusy Lupo

Para celebrar o tricentenário do encontro da Imagem de Nossa Senhora Aparecida no Rio Paraíba do Sul, a ser comemorado em 2017, o Brasil inteiro está se “movimentando”. Em comemoração à data, o Santuário Nacional de Aparecida promove o Jubileu “300 anos de bênçãos”. Imagens peregrinas estão sendo enviadas a diversas arqui(dioceses), para visitar paróquias e paroquianos e testemunhar a nossa fé também através a devoção e o carinho por Nossa Senhora.
Mas qual é a motivação teológica que está  por trás da peregrinação?
Nossa Senhora Aparecida vem até nós por meio de sua Imagem Peregrina como mulher de serviço, como lembra a história da visita à sua prima Isabel, e sua simples presença nos leva a perceber a importância da vontade de Deus.
A visita de Nossa Senhora Aparecida é uma forma de retribuir a visita dos romeiros ao seu Santuário, que hoje recebe um número superior a 10 milhões de peregrinos ao ano. É também uma maneira de ir ao encontro daqueles que ainda não tiveram condições de visitar a Casa da Mãe Aparecida.
Para mim foi uma graça e uma alegria imensa poder ter duas oportunidades de seguir peregrinando com ela. A primeira visita foi no mês de outubro-novembro 2015 na Paróquia Santo Antônio do Matupi, Diocese de Humaitá, (AM). A imagem peregrinou e visitou as 16 comunidades da nossa Paróquia que acolhe, culturas indígenas, imigrantes do sul do Brasil, ribeirinhos. Cada um teve a oportunidade de demostrar o seu carinho e o seu afeto por nossa Senhora do próprio jeito, através de cartazes, danças, teatros, celebrações e muita oração. Crianças, jovens, mulheres e homens todos juntos para rezar com Nossa Senhora “Aves Marias” pedindo sua intercessão.

A segunda oportunidade foi aqui na arquidiocese de Vitória nestes meses de junho-julho. Outra diocese, outro estilo de Paróquia e comunidades, mas o amor por Nossa Senhora não é diferente, é grande. Foi bonito peregrinar nas ruas, cantando e rezando. Quem não estava na procissão acompanhava com orações, aplaudindo e cantando juntos da janela e da varanda. Ainda mais bonito foi tê-la aqui, na nossa casa, na nossa capela,  20 minutos de grande comoção. Obrigada Mãe, por doar-nos teu filho Jesus. Contigo queremos continuar aprendendo como seguir a Cristo...”Primeira cristã Maria da luz Sabias, ó Mãe, amar teu Jesus... Iluminada, iluminadora Inspiradora de quem quer amar E andar com Jesus...


terça-feira, 26 de julho de 2016

MULHERES DE ENCONTRO E COMPAIXÃO

Ir. Giusy Lupo

A nossa jaculatória deste ano na nossa congregação diz o seguinte: Maria, mãe de misericórdia ajuda-nos a sermos mulheres de encontro e compaixão. Mulheres de encontro e compaixão. Difícil né? A comunidade de Vitória está tomando a sério o sentido que se esconde por trás dessa frase. Ser mulheres de encontro e compaixão no trabalho pastoral, mas também na comunidade e entre nós. E às vezes parece mais difícil. Para trabalhar isso,  nos está ajudando uma jovem psicóloga Gisele, que com encontros mensais está intensificando este desejo de encontrar-nos e de pôr em prática cada vez  mais a misericórdia.
No primeiro encontro abordamos o tema de como elaborar a dor do luto, depois do falecimento das nossas queridas irmãs Rosa e Yolanda.
O segundo encontro foi sobre o procurar não se refugiar no passado e nem no futuro, mas focar o nosso olhar no presente, sem se fazer de vítima lutando pelas conquistas simples do cada dia.
No terceiro, continuando o discurso começado nos encontros precedentes trabalhamos o como poderia ser diferente o nosso presente se nos colocamos no lugar da outra/o ,  disposta a fazer o bem também e sobretudo quando este bem não é visto e reconhecido por ninguém....só por Deus.
Para concluir, desta vez a Gisele nos presentou uma dinâmica simples ser anjo da guarda de alguém. Cada uma recebeu secretamente o nome de uma irmã com a tarefa de ser “anjo” por um mês daquela irmã que apareceu no papelzinho: mas com uma condição, tudo tem que ser em segredo. Isso supõe que para não se deixar descobrir cada uma tem que ser mais generosa e prestativa com todas e especialmente com a sua “afilhada”. Através dessa simples dinâmica estão se multiplicando os anjos aqui na casa: cada uma demostra o seu carinho do jeito que mais sabe e acredito que estamos tendo também mais orações uma pela outra.
Enfim, obrigada Gisel
e, a cada encontro aquele abraço final é sempre mais verdadeiro, carinhoso e misericordioso.


A MISSÃO SE FAZ JUNTOS

Ir. Chiara Dusi
 A missão se faz juntos,
O compasso é do grupo, 
Eu  só chamo de dois em dois.

- Entro no ritmo
Vou pra missão.

- Escuta o ritmo das casas, dos corações:
O cansaço dos velhos,
O vivo olhar dos pequenos,
A preocupação das mães.

- Entro no ritmo
Vou pra missão. 

- Para um momento, 
Entra em oração. 

-O papa Chiquinho
  Aponta o caminho: 
Qual missão para nós, hoje? 
Como cuidar da Casa Comum?

- Entra no ritmo, 
minha filha,
hoje e sempre,
vem pra missão. 

domingo, 17 de julho de 2016

CONVIVÊNCIA MISSIONÁRIA E FAMILIAR NO MÉXICO

Ir. Nilma do Carmo de Jesus
No dia 17 de julho de 2016, aconteceu na Ciudad do México, um encontro de convivencia missionária e familiar na casa das Combonianas. Este encontro foi organizado pela comunidade da Ciudad do México. Estavam presentes vários amigos e familiares das irmãs mexicanas, além de nós que viemos para participar do encontro de preparação ao XX Capítulo Geral e do Encontro das provinciais do Continente América com a participação das irmãs Luzia Premoli e Mariza Zorzan..
O objetivo desse encontro foram: convivencia fraterna, intercambio de experiencia e de escuta atenta. Um momento significativo foi o testemunho da provincial do Equador/Peru/Colombia  sobre o terremoto que aconteceu no Equador no dia 16 de abril deste ano. Ver as fotos e o video clip foi muito emocionante e questionador. O espírito de solidariedade  e a confiança em Deus é grande. 
Em seguida, tivemos a fala da nossa Madre Geral, Ir. Luzia Premoli, que nos convidou a viver intensamente esse tempo de preparação ao XX Capítulo Geral cujo tema é:"Ousar a mística do Encontro para viver a missão comboniana hoje" através das orações e do nosso compromisso missionário como família comboniana.
A celebração da missa foi presidida pelo pe. Enrique, missionário comboniano. Logo após , houve uma confraternização com comidas típicas do México. Tudo muito gostoso!
Para completar tivemos a apresentação de danças típicas. Foi um dia de uma riqueza cultural indiscutível. Ousar a mística do encontro como família comboniana, consagradas e leigos foi um dom de Deus.


domingo, 10 de julho de 2016

POR TRÁS DOS BOTÕES VERMELHOS

Ir. Giusy Lupo
Continuando a minha caminhada dentro das histórias das Irmãs Missionarias Combonianas que trabalham no Brasil me encontro com a ir. Margarida, italiana, desde 1969 atuou em Vitória. A irmã conta que trabalhou na pastoral carcerária, em Maruipe 20 anos. Na casa Braille, na Rua Bento Ferreira, com os cegos com os quais partilhava a Palavra de Deus e criando um pequeno circulo bíblico, a pastoral dos meninos trabalhadores na Praça do EPA: um dia por semana ia para dar formação e fazer orações dinâmicas com os meninos e depois partilhavam um lanche simples. E enfim, a pastoral que desenvolveu até pouco tempo: visita as famílias e aos doentes levando a Eucaristia. Tudo isso sempre em colaboração com o grupo da Legião de Maria. 
Que bonito ver o carinho e a relação que a irmã tem com cada um e uma deles....cresceram juntos nas relações entre eles e com Maria. Em todo o trabalho, Maria estava presente e continua acompanhando os seus filhos do grupo.
Mas, como nasceu esta devoção para Maria na vida da irmã Margarida? 
Tudo começou desde pequena. Quando a sua mãe ensinou-lhe a rezar. Este carinho por Nossa Senhora aumentou até que na juventude quis dedicar o seu tempo livre como voluntária no sanatório com a congregação de “Maria menina” em Garbagnate perto de Milão. Ai no sanatório tinham mais de 2000 pacientes e a maioria doente de tuberculose. 
Deus já tempo atrás tinha pensado pedir á jovem  Margarida de colocar a disposição a sua vida para a construção do Reino. E assim combinou um encontro fundamental. 
Entre os pacientes tinha uma irmã Comboniana, Gianna Augusta, com hábito preto de botões vermelhos, o clássico hábito que usavam as Combonianas. Margarida curiosa queria conhecer a história que estava por trás daqueles botões , começou a fazer perguntas para a irmã.  A irmã toda contente de ter a possibilidade de fazer animação missionária e vocacional começou a contar de Comboni e da Congregação “Pie Madri della Nigrizia”. 
A Margarida se encantou com o carisma, sentiu que Deus a chamava a se tornar irmã Missionária Comboniana.

sábado, 9 de julho de 2016

“SEI EM QUEM ACREDITEI”

Ir. Beatriz Pratissoli


Estou celebrando neste ano, precisamente no 16 de julho, 51 anos de vida consagrada a Deus e a missão, na Congregação das Irmãs Missionárias Combonianas. Tempo este de agradecimento a Deus, pelo dom da vida e da vocação missionária que recebi de presente e me sinto responsável.
Agradeço aos meus pais pela fé que deles recebi e por todas as irmãs da Congregação e pessoas que passaram em minha vida e me ajudaram nesta caminhada. Muitas historias e desafios aconteceram neste longo caminho mas como escreveu São Daniel Comboni, uma frase que resume toda a sua vida ”A onipotência da oração é a nossa força” e foi assim que prossegui meu caminho, confiando sempre naquele em quem acreditei: Jesus Cristo.

 Como afirma o profeta Isaias “Os que confiam e esperam em Deus, renovam suas forças, criam asas como águias, corem não se fadigam, andam e não se cansam”. Fui e sou convidada a escutar, viver as realidades onde estou presente, compreender e viver o nosso carisma de levar a mensagem do Evangelho aos pobres e mais necessitados. Revendo estes 51 anos de vida consagrada a Deus e á missão, sinto a alegria em constatar que a palavra de Deus tem sido para mim, luz, força e esperança no serviço a mim confiado. E que Maria mãe missionaria me ajude a repetir todos os dias o meu “Sim”.