domingo, 19 de agosto de 2018

Vida Consagrada


Neste terceiro domingo que celebramos a gloriosa Assunção de Maria ao Céu, de corpo e alma, é dedicado também à Vida Consagrada. Esta não é uma simples coincidência, pois aos religiosos e às religiosas é lançado o apelo de se inspirarem em especial em Maria, ela que é modelo de total disponibilidade ao Projeto Deus. Mulher toda de Deus e por isto toda voltada ao serviço da humanidade.
O Evangelho que nos é proclamado neste dia narra a visita de Maria a sua prima Isabel, logo após receber a missão de ser mãe do Salvador. Este é um encontro no qual as duas mulheres exultam da mesma gratidão de reconhecerem em Deus a fonte do amor sem limites. É desta experiência que brota o magnífico canto de Maria, pleno de alegria. Ela carrega em seu ventre a Palavra que se encarna e quer ir ao encontro da cada homem e mulher, transmitindo-lhe a  Vida em abundância.
Assim é o nosso caminho de Consagrados ao Senhor. Nós também, na entrega do coração a Deus, a serviço do Reino, somos portadores desta alegria sem medida pela Sua presença misericordiosa na história da humanidade. No encontro com Jesus Cristo, Mestre e Senhor, Deus quer através de nós, reavivar na humanidade toda a esperança,paz e alegria.
O papa Francisco, em sua mensagem deste ano à vida consagrada expressa seu desejo de “que hoje mesmo possais reavivar o encontro com Jesus, caminhando juntos para Ele: isto dará luz aos vossos olhos e vigor aos vossos passos”.
Que Maria nos ajude a sermos fiéis a nossa vocação no seguimento de Jesus, na alegria e gratidão deste Amor que nos chama a si e nos envia sempre em missão, onde Ele mesmo deve ir.
Ir Geny M. da Silva



sexta-feira, 10 de agosto de 2018

"Esta é a vida que escolhi"

Hoje fazemos memoria dos 37 anos da morte da Ir Liliana Rivetta, missionaria Comboniana, morta num tiroteio durante um ataque de salteadores, na Uganda dia 10 de agosto de 1981. 
Missionária comboniana, foi assassinada no dia 10 de Agosto de 1981 na Uganda. Verdadeiro exemplo de irmã e mãe, deu a sua vida pelos últimos no Quénia e na Uganda. Encarnou o ideal de Comboni: atenção ao essencial, amor ao sacrifício e ao trabalho, e opção preferencial pelos pobres.
Em 26 de março de 1965, Liliana entrou na Congregação das Irmãs Missionárias Combonianas. Dia 12 de setembro de 1969 foi enviada na missão da Uganda (África), onde se dedicou ao serviço da educação de crianças e jovens nas escolas. Também trabalhou na periferia de Nairobi (Kenya) e depois voltou a missão na Uganda.
Aos 37 anos uma bala atinge-lhe o coração. Do seu testemunho ficam estas palavras: “estou muito contente…esta é a vida que escolhi.” Esta é a lógica da sua vida, uma vida oferecida a Deus e aos irmãos. A uma amiga tinha dito de uma maneira profética: “não dei a minha vida por brincadeira!”.
Que o testemunho de Ir Liliana Rivetta,  suscite outras vocações missionarias combonianas, que   se abrem numa resposta generosa a esse Deus que chama continuamente.

Jovem, se o testemunho dessa missionaria tocou teu coração, entre em contato conosco para conhecer mais da vocação missionaria comboniana. 
Este caminho pode ser o seu.

whatsapp: 69 99315-0687

terça-feira, 7 de agosto de 2018

DESPERTAR VOCACIONAL

Vocação missionária. Já pensou nisso?

A Comunidade das irmãs Missionárias Combonianas de Salvador participando do DESPERTAR VOCACIONAL
A tenda vocacional comboniana foi um espaço e uma iniciativa para promover a cultura vocacional e oportunidade para as jovens de conhecerem o carisma missionário comboniano.

A vocação é chamado, e todo ser humano é chamado! Somos todos e todas vocacionados(as) desde o ventre materno. Deus nos chama pelo nome: “Eu ainda estava no ventre materno, e Javé me chamou; eu ainda estava nas entranhas de minha mãe, e Ele pronunciou o meu nome: você é meu Servo, Israel, e Eu me orgulho de você” (Is 49,3).




Você já pensou qual é a sua vocação? Se você deseja
conhecer a Congregação das irmas Missionarias Combonianas e ser missionária além fronteiras, entre em contato com: 


Ir Maria do Socorro Ribeiro
Rua da Graça, 58- Alto Coqueirinho - Itapuã
41615-300 – Salvador – BA
 (71) 99399-7945 






















quinta-feira, 26 de julho de 2018

Jovens, a vida é uma missão

«Juntamente com os jovens, levemos o Evangelho a todos»

MENSAGEM DE SUA SANTIDADE
O PAPA FRANCISCO PARA 
O DIA MUNDIAL DAS MISSÕES DE 2018
[21 de outubro de 2018]


Queridos jovens, juntamente convosco desejo refletir sobre a missão que Jesus nos confiou. Apesar de me dirigir a vós, pretendo incluir todos os cristãos, que vivem na Igreja a aventura da sua existência como filhos de Deus. O que me impele a falar a todos, dialogando convosco, é a certeza de que a fé cristã permanece sempre jovem, quando se abre à missão que Cristo nos confia. «A missão revigora a fé» (Carta enc. Redemptoris missio, 2): escrevia São João Paulo II, um Papa que tanto amava os jovens e, a eles, muito se dedicou.
O Sínodo que celebraremos em Roma no próximo mês de outubro, mês missionário, dá-nos oportunidade de entender melhor, à luz da fé, aquilo que o Senhor Jesus vos quer dizer a vós, jovens, e, através de vós, às comunidades cristãs.

A vida é uma missão
Todo o homem e mulher é uma missão, e esta é a razão pela qual se encontra a viver na terra. Ser atraídos e ser enviados são os dois movimentos que o nosso coração, sobretudo quando é jovem em idade, sente como forças interiores do amor que prometem futuro e impelem a nossa existência para a frente. Ninguém, como os jovens, sente quanto irrompe a vida e atrai. Viver com alegria a própria responsabilidade pelo mundo é um grande desafio. Conheço bem as luzes e as sombras de ser jovem e, se penso na minha juventude e na minha família, recordo a intensidade da esperança por um futuro melhor. O facto de nos encontrarmos neste mundo sem ser por nossa decisão faz-nos intuir que há uma iniciativa que nos antecede e faz existir. Cada um de nós é chamado a refletir sobre esta realidade: «Eu sou uma missão nesta terra, e para isso estou neste mundo» (Papa Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 273).

Anunciamo-vos Jesus Cristo
A Igreja, ao anunciar aquilo que gratuitamente recebeu (cf. Mt 10, 8; At 3, 6), pode partilhar convosco, queridos jovens, o caminho e a verdade que conduzem ao sentido do viver nesta terra.
Jesus Cristo, morto e ressuscitado por nós, oferece-Se à nossa liberdade e desafia-a a procurar, descobrir e anunciar este sentido verdadeiro e pleno. Queridos jovens, não tenhais medo de Cristo e da sua Igreja! Neles, está o tesouro que enche a vida de alegria. Digo-vos isto por experiência: graças à fé, encontrei o fundamento dos meus sonhos e a força para os realizar. Vi muitos sofrimentos, muita pobreza desfigurar o rosto de tantos irmãos e irmãs. E todavia, para quem está com Jesus, o mal é um desafio a amar cada vez mais. Muitos homens e mulheres, muitos jovens entregaram-se generosamente, às vezes até ao martírio, por amor do Evangelho ao serviço dos irmãos. A partir da cruz de Jesus, aprendemos a lógica divina da oferta de nós mesmos (cf. 1 Cor 1, 17-25) como anúncio do Evangelho para a vida do mundo (cf. Jo 3, 16). Ser inflamados pelo amor de Cristo consome quem arde e faz crescer, ilumina e aquece a quem se ama (cf. 2 Cor 5, 14). Na escola dos santos, que nos abrem para os vastos horizontes de Deus, convido-vos a perguntar a vós mesmos em cada circunstância: «Que faria Cristo no meu lugar?»

Transmitir a fé até aos últimos confins da terra
Pelo Batismo, também vós, jovens, sois membros vivos da Igreja e, juntos, temos a missão de levar o Evangelho a todos. Estais a desabrochar para a vida. Crescer na graça da fé, que nos foi transmitida pelos sacramentos da Igreja, integra-nos num fluxo de gerações de testemunhas, onde a sabedoria daqueles que têm experiência se torna testemunho e encorajamento para quem se abre ao futuro. E, por sua vez, a novidade dos jovens torna-se apoio e esperança para aqueles que estão próximo da meta do seu caminho. Na convivência das várias idades da vida, a missão da Igreja constrói pontes intergeracionais, nas quais a fé em Deus e o amor ao próximo constituem fatores de profunda união.
Por isso, esta transmissão da fé, coração da missão da Igreja, verifica-se através do «contágio» do amor, onde a alegria e o entusiasmo expressam o sentido reencontrado e a plenitude da vida. A propagação da fé por atração requer corações abertos, dilatados pelo amor. Ao amor, não se pode colocar limites: forte como a morte é o amor (cf. Ct 8, 6). E tal expansão gera o encontro, o testemunho, o anúncio; gera a partilha na caridade com todos aqueles que, longe da fé, se mostram indiferentes e, às vezes, impugnadores e contrários à mesma. Ambientes humanos, culturais e religiosos ainda alheios ao Evangelho de Jesus e à presença sacramental da Igreja constituem as periferias extremas, os «últimos confins da terra», aos quais, desde a Páscoa de Jesus, são enviados os seus discípulos missionários, na certeza de terem sempre com eles o seu Senhor (cf. Mt 28, 20; At 1, 8). Nisto consiste o que designamos por missio ad gentes. A periferia mais desolada da humanidade carente de Cristo é a indiferença à fé ou mesmo o ódio contra a plenitude divina da vida. Toda a pobreza material e espiritual, toda a discriminação de irmãos e irmãs é sempre consequência da recusa de Deus e do seu amor.
Hoje para vós, queridos jovens, os últimos confins da terra são muito relativos e sempre facilmente «navegáveis». O mundo digital, as redes sociais, que nos envolvem e entrecruzam, diluem fronteiras, cancelam margens e distâncias, reduzem as diferenças. Tudo parece estar ao alcance da mão: tudo tão próximo e imediato... E todavia, sem o dom que inclua as nossas vidas, poderemos ter miríades de contactos, mas nunca estaremos imersos numa verdadeira comunhão de vida. A missão até aos últimos confins da terra requer o dom de nós próprios na vocação que nos foi dada por Aquele que nos colocou nesta terra (cf. Lc 9, 23-25). Atrevo-me a dizer que, para um jovem que quer seguir Cristo, o essencial é a busca e a adesão à sua vocação.

Testemunhar o amor
Agradeço a todas as realidades eclesiais que vos permitem encontrar, pessoalmente, Cristo vivo na sua Igreja: as paróquias, as associações, os movimentos, as comunidades religiosas, as mais variadas expressões de serviço missionário. Muitos jovens encontram, no voluntariado missionário, uma forma para servir os «mais pequenos» (cf. Mt 25, 40), promovendo a dignidade humana e testemunhando a alegria de amar e ser cristão. Estas experiências eclesiais fazem com que a formação de cada um não seja apenas preparação para o seu bom-êxito profissional, mas desenvolva e cuide um dom do Senhor para melhor servir aos outros. Estas louváveis formas de serviço missionário temporâneo são um começo fecundo e, no discernimento vocacional, podem ajudar-vos a decidir pelo dom total de vós mesmos como missionários.
De corações jovens, nasceram as Pontifícias Obras Missionárias, para apoiar o anúncio do Evangelho a todos os povos, contribuindo para o crescimento humano e cultural de muitas populações sedentas de Verdade. As orações e as ajudas materiais, que generosamente são dadas e distribuídas através das POMs, ajudam a Santa Sé a garantir que, quantos recebem ajuda para as suas necessidades, possam, por sua vez, ser capazes de dar testemunho no próprio ambiente. Ninguém é tão pobre que não possa dar o que tem e, ainda antes, o que é. Apraz-me repetir a exortação que dirigi aos jovens chilenos: «Nunca penses que não tens nada para dar, ou que não precisas de ninguém. Muita gente precisa de ti. Pensa nisso! Cada um de vós pense nisto no seu coração: muita gente precisa de mim» (Encontro com os jovens, Santiago – Santuário de Maipú, 17/I/2018).
Queridos jovens, o próximo mês missionário de outubro, em que terá lugar o Sínodo a vós dedicado, será mais uma oportunidade para vos tornardes discípulos missionários cada vez mais apaixonados por Jesus e pela sua missão até aos últimos confins da terra. A Maria, Rainha dos Apóstolos, ao Santos Francisco Xavier e Teresa do Menino Jesus, ao Beato Paulo Manna, peço que intercedam por todos nós e sempre nos acompanhem.

Vaticano, 20 de maio – Solenidade de Pentecostes – de 2018.
FRANCISCO


sexta-feira, 20 de julho de 2018

Bodas de Ouro

Ir Almerita Ramos, missionaria Comboniana, celebrou as Bodas de Ouro de consagração religiosa missionaria, dia 24 de junho 2018, junto a seus familiares e amigos. 
Ir Almerita trabalhou muitos anos na Africa na Republica Democrática do Congo, no Togo e no Benin. Atualmente trabalha em Salvador, Bahia.  





quinta-feira, 5 de julho de 2018

Missão Comboniana num mundo intercultural

Ir Janete Castro em sua nova missão, Al Ain  nos Emirados Árabes. Comunidade intercultural: Quênia, Sudão, Brasil e um grupo da Paroquia de Al Ain, da Índia.

Irmãs Missionárias Combonianas

Somos uma família religiosa missionária, formada por 35 nacionalidades, que atualiza na Igreja o carisma do Fundador São Daniel Comboni, dedicando-se totalmente à missão “ad gentes” em quatro Continentes  –  África, América, Ásia, Europa.
Somos consagradas a Deus para a evangelização por meio da profissão dos conselhos evangélicos, e vivemos fraternalmente em comunidades multiculturais.
A nossa finalidade é a evangelização dos povos aos quais não foi ainda anunciada a mensagem evangélica, privilegiando os mais pobres e necessitados, especialmente na África

Jovem, se você deseja conhecer melhor as Missionarias Combonianas contate-nos
(69) 99315-0687

sexta-feira, 22 de junho de 2018

Vidas entregues


Fazemos memória de um ano da passagem das irmãs Luisa Manuel (Moçambique - África) e Giusy Lupo (Itália), missionárias Conmbonianas, vitimas de um trágico acidente de carro na BR 230 (transamazônica) em 24.06.2017, que  tirou a vida destas duas missionárias, enquanto visitavam as comunidades da Paróquia Santa Luzia, em Santo Antonio do Matupi (AM) Km 180 da transamazônica. 

Um ano já se passou, nos custa acreditar. Mas ousamos proclamar que nada, nem a morte “poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 8,39). 
Queridas irmãs Luisa e Giusy: temos certeza de que vocês estão felizes junto de Deus, pois suas vidas iluminaram muita gente e os lugares por onde passaram ficaram marcados pelas suas atitudes, pelo vosso amor e entrega. Intercedam por nos e pelo povo de Santo Antonio do Matupi (AM). 
Que o exemplo e o testemunho de vida de vocês nos inspirem a continuar nossa missão com o mesmo entusiasmo e alegria que sempre demonstraram. Que muitas jovens possam ouvir os apelos do Senhor e responder com generosidade e alegria: eis-me aqui, envia-me.




quinta-feira, 31 de maio de 2018

NOTA DA CNBB SOBRE O MOMENTO NACIONAL

“Jesus entrou e pôs-se no meio deles e disse: A paz esteja convosco”(Jo 20,19)
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, solis caminhoneiros.

A crise é grave e pede soluções justas. Contudo, “qualquer solução que atenda à lógica do mercado e aos interesses partidários antes que às necessidades do povo, especialmente dos mais pobres, nega a ética e se desvia do caminho da justiça” (CNBB, 10/03/2016). Nenhuma solução que se utilize da violência ou prejudique a democracia pode ser admitida como saída para a crise.
Não é justo submeter o Estado ao mercado. Quando é o mercado que governa, o Estado torna-se fraco e acaba submetido a uma perversa lógica financista. “O dinheiro é para servir e não para governar” (Papa Francisco, Evangelii Gaudium, 58).
É necessário cultivar o diálogo que exige humilde escuta recíproca e decidido respeito ao Estado democrático de direito, para o atendimento, na justa medida, das reivindicações.
As eleições se aproximam. É preciso assegurar que sejam realizadas de acordo com os princípios democráticos e éticos, para restabelecer nossa confiança e nossa esperança. Propostas que desrespeitam a liberdade e o estado de direito não conduzem ao bem comum, mas à violência.
Celebramos a Solenidade do Corpus Christi, fonte de unidade e de paz. Quem participa da Eucaristia não pode deixar de ser artífice da unidade e da paz. O Pão da unidade nos cure da ambição de prevalecer sobre os outros, da ganância de entesourar para nós mesmos, de fomentar discórdias e disseminar críticas; que desperte a alegria de nos amarmos sem rivalidades, nem invejas, nem murmurações maldizentes (cf. Papa Francisco, Festa do Corpus Christi, 2017). O Pão da Vida nos motive a cultivar o perdão, a desenvolver a capacidade de diálogo e nos anime a imitar Jesus Cristo, que veio para servir, não para ser servido.
Conclamamos, por fim, todos à oração e ao compromisso na busca de um Brasil solidário, pacífico, justo e fraterno. A paz é um dom de Deus, mas é também fruto de nosso trabalho.
Nossa Senhora Aparecida interceda por todos!
Cardeal Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília (DF)
Presidente da CNBB
Dom Murilo S. R. Krieger, SCJ
Arcebispo de São Salvador (BA)
Vice-Presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner, OFM
Bispo Auxiliar de Brasília (DF)
Secretário-Geral da CNBB
dária com os caminhoneiros, trabalhadores e trabalhadoras, em manifestações em todo território nacional, e preocupada com as duras cons
equências que sempre recaem sobre os mais pobres, conclama toda a sociedade para o diálogo
e para a não violência. Reconhecemos a importância da profissão e da atividade do

sábado, 21 de abril de 2018

DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES

«Escutar, discernir, viver a chamada do Senhor»
"... O Senhor continua hoje a chamar para O seguir. Não temos de esperar que sejamos perfeitos para dar como resposta o nosso generoso «eis-me aqui», nem assustar-nos com as nossas limitações e pecados, mas acolher a voz do Senhor com coração aberto. Escutá-la, discernir a nossa missão pessoal na Igreja e no mundo e, finalmente, vivê-la no «hoje» que Deus nos concede." (da mensagem do Papa Francisco para o 55.º Dia Mundial de Oração pelas Vocações)

Neste domingo do Bom Pastor, 22/04/2018, celebramos o DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES. Somos convidadas (os) a rezar pelas vocações pedindo ao Senhor da Messe que suscite novas vocações, em particular no meio das juventudes. 

Jovem Que tal ser Missionária além-fronteiras? 

Contate-nos: 

vocacionadas@gmail.com ou whatsapp (69) 99315-0687. 


Somos Irmãs Missionárias Combonianas. Estamos presentes na: África, América, Ásia e Europa. Nosso Fundador: São Daniel Comboni. Nossa MissãoA evangelização dos povos aos quais não foi ainda anunciada a mensagem do Evangelho, privilegiando os mais pobres e necessitados, especialmente na África.
Nossa Missão no Brasil: Promover o crescimento das comunidades cristãs, animação missionária, realizar os valores do Reino de Deus nas situações de opressão, injustiça e pobreza; empenhadas no campo da saúde, do social e educativo.









quarta-feira, 18 de abril de 2018

Irmã Dalva partilha sobre sua experiencia na África


Foram 22 anos, 2 meses e 1 semana partilhando minha vida com o povo da República Centro-Africana. 
Posso definir esses dias como um tempo de escola da fé e de uma grande amizade com o povo. Sinto que cresci como mulher consagrada e missionária comboniana. 
Vivi em três comunidades, presentes em três dioceses diferentes. Guardo lembrança especial de cada Irmã com quem rezei, partilhei os desafios e planejei as atividades. Tudo tinha o objetivo de continuar o que tantos missionários e missionárias realizaram, desde o início da evangelização no País, há quase 125 anos, e a organização da nossa vida comunitária, pois acredito profundamente que evangelizamos como comunidade.
Os seis anos na Pastoral catequética foram de muito empenho para conhecer e viver nessa realidade, onde tudo era novo para mim: língua, cultura, metodologia pastoral. A acolhida e a simplicidade do povo davam-me coragem para avançar em alto mar. 
Foram três anos de trabalho desafiador com os povos Pigmeus: estradas e pontes muito perigosas, miséria extrema, faltava tudo, mas eu sentia que eles me amavam e eu os amava também. Fiz a experiência e aprendi que é possível viver com pouco, pois não são as coisas supérfluas deste mundo que nos trazem felicidades, mas o bem que fazemos para as pessoas.
Na Pastoral Vocacional e Animação missionária foram 7 anos de intenso planejamento, programações e realizações, sempre com as minhas Irmãs, e tantas outras forças locais, como padres, irmãs e leigos.
Como coordenadora da Província por seis anos, penso ter ajudado as Irmãs da República Centro-Africana, Chade e Camarões a realizar a missão que cada uma recebeu, fazendo sempre o possível para escutar e acompanhar os desafios do seu ministério. As viagens eram muito longas, fossem de avião, ônibus, carro, carroça, moto ou a pé, mas não faltava diversão. Vi muito sofrimento e injustiça, mas também gozei de muitas belezas naturais, privilégios e delicadezas de pessoas que nem conhecia. Encontrei Deus, o amei e o toquei muitas vezes, sem mesmo o perceber no momento.
A realidade política e social do País não oferecem uma vida digna, tranquila e serena ao povo, que está vivendo uma guerra há mais de quatro anos sem tréguas. Muitas vidas foram eliminadas de modo violento e agressivo. Sofremos muito ao ver o nosso povo morrer por falta de recursos mesmo com tantas riquezas naturais nesses Países: ouro, diamante, petróleo, madeira, cimento, coltan.
O conflito interno étnico e religioso no Centro-África e a falta de informação mundial sobre o Continente Africano são um mal para a África, tão amada por Comboni e por todos nós que seguimos os seus passos. A contradição é enorme, já que a África é rica, muito rica, o que a faz viver há tantos anos em guerra. As razões dessas atrocidades são a má governança do País, a disputa pelos minérios, a falta de autoridade política, a falta de emprego para os jovens e o analfabetismo. Das 16 prefeituras, 14 estão sendo controladas por diferentes grupos de rebeldes.
Não dá para ficar calado, por isso a Igreja ajuda o povo a abrir os olhos para assumir suas responsabilidades. A responsabilidade não é só dos colonizadores, da comunidade Europeia, da China, da América, mas de cada um que deixa de pensar, acreditar, esperar e agir em favor de uma nação melhor hoje e amanhã. Os 12.900 homens da MINUSCA, (Missão multidimensional integrada das Nações Unidas para a estabilização no Centro-África) que têm a responsabilidade de enfrentar os grupos armados que se organizam cada vez mais, será inútil sem o esforço e a colaboração de todos os Centro-africanos.
A Igreja, com todo o pessoal apostólico e, em particular, o nosso Cardeal Dieudonné Nzapalainga, é a única força credível hoje, e que foi capaz de impedir que a situação fosse ainda mais grave. Agradeço a Deus pela sua proteção nos momentos de violências e agressões, e às minhas co-irmãs pela coragem e fidelidade de se arriscarem por amor, permanecendo com o povo, mesmo quando recebemos o convite de nossa Responsável Geral para sair do País nas horas mais duras e incertas, ou quando não se podia fazer outra coisa a não ser rezar e escutar as pessoas que vinham à nossa porta pedir ajuda. 
Assim, a missão não é fazer algo para os outros, mas partilhar com o próximo a sorte dos demais, ajudando-os a manter a chama da esperança de um futuro melhor, pois como disse Padre Zezinho não dá para viver em paz onde não há o que comer”.