sexta-feira, 8 de julho de 2016

A SEMANA MISSIONÁRIA, uma vivência alegre da missão

Ir. Loreta Dalla Stella 
A diocese de São Mateus, no Espírito Santo, depois de três anos de preparação, com retiros espirituais diocesanos e paroquiais, agora chegou a segunda etapa, o tempo do “saborear”, com a Grande Semana Missionária. A Semana Missionária é o tempo mais forte e mais intenso das Santas Missões Populares (SMP), segundo a metodologia de Padre Luis Mosconi. Todas as paróquias da Diocese estão realizando neste ano, a Semana Missionária no decorrer da festa do seu Santo Padroeiro.
Tive a alegria de participar da Semana Missionária na Paróquia de Conceição da Barra, no setor missionário Itaúnas e na Paróquia de Pedro Canário, no setor missionário de Cristal do Norte.
A Semana Missionária foi como um grande retiro espiritual popular, com caminhadas pela manhã e celebrações à noite, percorrendo um itinerário, com o tema proposto a cada dia, que ajuda a redescobrir a beleza do seguimento de Jesus. Na terça feira dia “das bem-aventuranças e das advertências de Jesus” foi particularmente sentida a caminhada pela manhã fazendo memória dos mártires da caminhada do Espírito Santo, como também a celebração do sábado pela manhã, renovando as promessas batismais e das comunidades perto de um rio. Na quarta feira, dia “da oração e meditação pessoal” fiquei emocionada participando pela manhã da adoração numa comunidade quilombola, onde várias mulheres de joelhos, diante do SS. Sacramento, abriram seu coração, implorando a paz pelas suas famílias, pelo povoado. Ficaram todo tempo de joelho, firmes na fé como as matriarcas, falando em voz alta, sem receios dos presentes, confiando no Senhor, em Jesus Cristo que pode libertar e veio para que todos tenham vida.
Durante o dia foram muitas visitas fraternas e solidárias, com escuta, oração, semeando a palavra de Deus. Com as outras missionárias locais que me acompanhavam, sentimos a ação do Espírito Santo, que depois do receio inicial ao abrir as portas das casas, o pessoal aos poucos se abria e ao sair da casa muitos abraços e sorrisos. A alegria continuava nos encontrando novamente à noite na igreja para celebração.
Foram dias muito intensos que permitiram mergulhar na vida do povo, no seu sofrimento, sobretudo, visitando as pessoas doentes, idosas, desempregadas...  Muitos encontros, fatos que marcaram a memória, o coração e que se tornaram oração. Não posso esquecer o jovem Carlos André, que me apresentou assim a sua comunidade: “irmã, nós aqui não morremos de fome pela misericórdia de Deus” e verdadeiramente o fechamento da usina, única fonte de trabalho, deixou o povoado sem alternativas, com grandes dificuldades econômicas.  Dona Ana, que apesar de ser idosa, acolheu na sua casa o neto com necessidades especiais (cuja mãe é alcoólatra) e cuida com tanto carinho e amor. Rosângela, uma líder da comunidade que me acompanhou num dia nas visitas, à noite testemunhou na celebração: “uma coisa é ver as pessoas aqui na igreja, agora é outra coisa visitá-las nas suas casas”. As visitas fazem bem para quem é visitado e para quem visita. Um obrigado sincero vai às famílias que me hospedaram para as semanas missionárias, que não abriram somente as suas casas, mas também o seu coração, fazendo me sentir em casa.
A semana missionária proporciona muitos momentos alegres de partilha, de amizade e de vivência fraterna. É uma belíssima experiência eclesial, de uma Igreja samaritana, missionária, em SAIDA.  A ALEGRIA do Evangelho passa pela MISSÂO!



















2 comentários:

  1. Oi irmã Loreta, linda experiencia imagino. Á só lé-la já me emocionei e teria gostado participar...como nos velhos tempos dos nossos acampamentos...boa sorte por tudo e bom trabalho missionário.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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